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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

1 mês antes do suposto

Dia 30 de Outubro decidimos ir comprar uns espelhos para as casas de banho. Já andávamos numa luta à imenso tempo porque não encontrávamos nenhum que tivesse o suportes nas mesmas distancias em que tínhamos os buracos na parede e não queríamos fazer novos buracos. Acabamos por desistir disso e fomos até ao Leroy Merlin comprar uns que achássemos bonitos e o resto logo se arranjava. Nisto quando estávamos a ir embora… esbarrei com a secção de decoração de Natal e não consegui evitar levar uma árvore comigo. Era uma coisa que ainda não tinha na minha casa e comecei a achar que os preços ali ou no chinês acabavam por ser a mesma coisa e lá levei a senhora árvore. 

Cheguei a casa, numa altura em que não tinha praticamente decorações… se me lembro ainda nem tinha montado os varões e posto os cortinados, decidi montar logo a árvore. Não sei se foi pela ânsia de ter uma árvore de natal na minha nova casinha, se foi preguiça de a colocar na arrecadação, mas ali ficou.

Dias depois comprei os ornamentos para a árvore no Lidl, uns azuis e uns prateados e comprei as fitinhas, a estrela e as luzes num mega chinês aqui da zona. Claro que isto de não ter uma ocupação têm as suas consequências e mal cheguei a casa meti as mãos à obra. 

A minha avó materna faleceu no Natal quando eu tinha 6 anos e esta comemoração acabou por ser sempre algo estranho e/ou triste na casa da minha mãe. Não sei se foi uma tentativa de contrariar toda esta tristeza, tenho a certeza que a minha avó não iria querer isto ou se foi simplesmente pela ansiedade de criar novas memórias… memórias felizes na minha nova casa. 

Acabei por ser a doida… que montou a árvore de natal um mês antes do costume. 

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Ilusões e desilusões na procura de trabalho

Acredito que faça parte de uma maioria que têm uma espécie de filtro no que toca a procura de trabalho. Como a oferta nas minhas áreas dos estudos ou nas áreas que me sinto 100% à vontade é muito escassa, o meu filtro fica bastante diminuído a tudo o que não seja call center e vendas de porta em porta. 

Não há nada que eu menos goste do que impingir alguma coisa a alguém sem que essa pessoa tenha pedido. Percebo o desespero das empresas que praticam este tipo de markting tão violento, mas sinceramente as vezes acho que este tipo de estratégia muitas vezes causa um efeito contrário e esse efeito acaba por ser descarregado em cima dos trabalhadores, que muitas vezes aceitam este tipo de trabalhado desesperados para receber algum. Eu como consumidora do que seja, sempre que quero um produto ou um serviço vou à busca dele.

Com isto queria falar-vos de umas coisinhas que me aconteceram... Tenho mandado currículos para as áreas em que estou interessada e entre as carradas de CVS ignorados, houve 3 almas que acharam que o meu perfil era aquilo que estavam à procura… e porque não? Afinal eu sou uma pessoa maravilhosa *vou-me convencendo aos poucos*. Entre essas 3 empresas, 2 delas chamaram-me para uma 2.ª entrevista. 

Com a primeira estava super entusiasmada, era uma empresa de markting e publicidade que apesar de já ter alguns escritórios espalhados, ia abrir outro aqui na margem sul e estava à procura de uma recepcionista, web designers e trabalhadores para diversas áreas… Na primeira entrevista, depois de ter fingido que era a pessoa mais confiante do mundo, disseram-me o que faziam e perguntaram se estaria disposta a liderar uma equipa e eu respondi que sim enquanto tentava enganar a mim própria.  No dia a seguir, na segunda entrevista, levaram-me para vender um serviço de porta em porta. Na minha decepção fui me embora.

A segunda empresa estava à procura de uma recepcionista na área da saúde, também aqui na margem sul. Quando me chamaram para esta entrevista fiquei super entusiasmada porque apesar de não ser a minha área era algo que eu gostava mesmo de poder fazer. Durante a entrevista perguntaram-me porque que me tinha candidatado a esta vaga e eu entusiasmada enumerei o porque de querer ser recepcionista nesta área e o senhor partiu o meu coração a dizer que esta vaga não era para recepcionista, era para vender seguros de saúde. Ligaram-me mais tarde para ir a uma segunda entrevista, da qual acabei por não ir. 

Posso parecer ingrata, mas não tenho estofo para este tipo de trabalho. Portanto acredito genuinamente que é melhor deixar para quem tenha capacidades e não se sinta miserável ao faze-lo.

domingo, 26 de novembro de 2017

Decorações e outras mariquices

Estamos a viver nesta casa desde Setembro, compramos a mobília de quarto e de sala praticamente toda de uma vez e durante algum tempo só tínhamos isso, a mobília… Não precisamos de andar cá com pressas eu sei… mas o facto é que uma casa sem decoração não parece tão acolhedora, é quase como se fosse só uma carcaça.

O primeiro drama foi os cortinados, tive a engonhar, estava à procura da cor perfeita e parecia que nunca encontrava aquele azul que parecia que só existia na minha cabeça. O segundo drama era um tapete para a sala… queria um tapete felpudo, mas ao mesmo tempo não queria porque parecia dar muito trabalho a limpar. Acabei por comprar o tapete na mesma porque não conseguia deixar de pensar no aspecto confortável dele. O terceiro drama é tudo o que é bibelô, quadros e outro tipo de decorações. Compramos uma velinha aqui, uma velita ali, uma moldura aqui, outra ali e já andava há séculos a matutar sobre o centro de mesa para a minha mesa de centro (belo trocadilho… só que não).

Queria que o meu centro de mesa combinasse com as cores que ando a utilizar na minha sala  (azul, branco, cinza, castanho). Era necessário que fosse algo baixinho, porque o móvel da nossa TV não é assim tão alto e não queria tirar a vista fabulosa para as minhas séries preferidas. Para finalizar, tinha que ser algo que gostasse minimamente… e depois até ter uma ideia na cabeça era do catano, até porque não sou propriamente uma designer de interiores e não percebo um cú de decorações.

Portanto hoje fui ao Espaço Casa e este foi o resultado:




Comprei um prato grande em tons de azul, aquelas coisinhas de cheirinho de plantas secas que não faço ideia de como se chamam, duas velas azuis que enrolei com um cordel que vinha a fechar o saco das plantinhas et voilà. 

Gostaram do resultado? Não gostaram? Acham que é algo clássico, acham que já passou de moda? Sejam lá os meus críticos. 

sábado, 25 de novembro de 2017

Pita Gourmet

O meu moço ontem convidou-me para ir almoçar fora e como estávamos meio indecisos sobre onde ir comer, ele acabou por sugerir um restaurante que uma colega já lhe tinha recomendado. O restaurante chama-se Pita Gourmet, fica na Costa da Caparica e é um restaurante de comida grega. Eu no fundo gosto de provar coisas novas, mas não consigo evitar torcer o nariz sempre que tenho de por algo desconhecido na minha boca, mas como também só posso saber se gosto se provar decidi arriscar.

Eu como sou uma blogger e uma instagrammer terrível, acabei por desfrutar de toda a experiência sem sequer tirar uma foto. Portanto todas as fotos que estão em baixo, são fotos de outras pessoas que roubei na net… mas está tudo identificado e com o link de onde as tirei. 


Para entrada pedimos "TIROPITA" que é uma massa folhada filo recheada com queijo feta e servido com mel e sésamo torrado. O sabor agridoce funcionou muito bem, deu vontade de pedir mais.

Foto de David Vilhena 

Eu queria lutar e provar algo totalmente inovador, mas acabei por ficar dentro do que me sentia confortável, acabei por pedir o "GYROS"  que é um prato de carne de porco assada cortada da mesma maneira que a pita shoarma (não sei cá nomes técnicos) com batatas assadas, salada mista com amendoins torrados com mel e sésamo, molho de iogurte, mostarda e pão pita. Serviram-me uma pratada gigante, dava perfeitamente para comer a meias. A carne estava muito saborosa e mais uma vez o agridoce dos amendoins com a salada, funcionou muito bem.

Foto de Bruno RF 


O meu moço pediu uma das recomendações do chefe… "MUSAKAS". Era praticamente uma lasanha feita com berigela… levava beringelas com carne picada, bechamel, queijo feta, salada mista, molho de azeitona e molho de iogurte. Ele não ficou apaixonado pelo prato, e eu sinceramente também gostei mais do meu.

Foto de David Vilhena 
Já estávamos mais do que cheios, mas pedimos sobremesa na mesma, a gula falou mais alto (depois queixo-me que estou gorda)... Pedimos "SIROPIASTA" que era composta por variedade de doces típicos gregos recheados com frutos secos, mousse de iogurte com mel e frutas glaceadas. Eu gostei muito de um chamado "KAITIFI", que é uma espécie de ninho de massa filo com amêndoas e baunilha.





Foto de Rabbit Killer 
Tem um ambiente bastante acolhedor, o serviço foi bastante rápido e eficiente… não sei se tive sorte e fui num bom horário, mas no geral foi uma experiência bastante agradável.


quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Um passo maior que a perna?

Desde Julho do ano passado que estava a trabalhar num restaurante que têm um grande nome e por consequência tinha muito movimento. Os primeiros meses foram difíceis, por uma questão de adaptação e principalmente por causa dos horários praticados na restauração, mas rapidamente ganhei o gosto por aquilo. Adorava os meus colegas e também gostava da gerência por mais rígidos que fossem na altura.

Entretanto devido a alguns acontecimentos, mudaram a gerência, o que me deixou um pouco desmotivada. Os novos gerentes eram simpáticos, eram queridos e provavelmente boas pessoas demais... Os horários eram alterados para agrado e desagrado de alguns, algumas tarefas deixaram de ser feitas porque não havia firmeza por parte deles e num local onde o mais importante é o trabalho em equipa a coisa começou a desmoronar.

As tarefas que antes estavam a ser divididas por todos, passaram a ser feitas só por aqueles que se preocupavam minimamente e eu parvinha... era uma dessas pessoas.

O ordenado mínimo deixou de ser suficiente para a carga de trabalho que tinha, os horários ridículos que fazia e para as atitudes que certos clientes tinham connosco. Comecei com dores de cabeça ridículas, estava sempre com sono, tinha ataques de ansiedade e cheguei ao cúmulo de acordar um dia e literalmente não ver nada à frente e isto para mim foi um abrir de olhos. 

Algures em Outubro deste ano entreguei a minha carta de demissão, dei os dias à casa, gozei os dias de férias que tinha por gozar e fiquei desempregada.

Há quem diga que devia ter aguentado mais tempo, ter feito um acordo com eles para não me renovarem o contrato e darem-me o papel para o fundo de desemprego ou que deveria ter ido ao médico porque definitivamente estava a ter um burnout e devia ir ido para a baixa. Há quem diga simplesmente que dei um passo maior que a perna.

Eu só sei que estava super infeliz no trabalho que estava e não aguentava nem mais um dia a trabalhar naquele restaurante.

Agora sou mais uma desempregada para as estatísticas.