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quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Saga do Aspirador 1

Algures em Setembro, depois de termos começado a habitar a casa, começamos a comprar pequenos electrodomésticos… Como na altura ainda estava a trabalhar e não tinha horários de gente, o meu moço acabou por comprar alguns produtos com a ajuda dos pais dele. 

Ele foi à worten à procura de um aspirador decente. Uma funcionaria que estava lá perto, ofereceu ajuda e sugeriu um modelo que "supostamente" era a água.  A senhora explicou como funcionava, ele ficou convencido e como estava em promoção ele acabou por o trazer.

Utilizamos o aspirador com as instruções que a funcionaria tinha dado e um mês depois o aspirador começou a verter água da ficha e entretanto deixou de funcionar.

Fomos até à área de reparação da worten, disseram-nos que a garantia não abrangia questões relacionadas com a água, que devia ter sido mau uso nosso, que devíamos ter posto muita água e beca beca. Na altura fiquei pior que estragada. Como assim mau uso? Eu colocava só um pouco de água porque tinha medo e nunca tinha ultrapassado a linha que dizia "máximo". Sem falar que se era um aspirador a água, porque que raio a garantia não cobre? Então e se tivesse danificado e a água entrasse no motor ou algo assim?

Foi para orçamento e queriam cobrar-nos quase 60 euros… mais um pouco e era o preço que tínhamos pagado pelo aspirador. Fomos lá discutir esta questão e dizer que não aceitávamos este orçamento. O funcionário era outro, explicamos a situação toda. Entretanto este funcionário começa a ver a descrição do produto no computador e muito sério diz-nos que o aspirador não é a água. Começo-me a rir porque já nem sabia reagir de outra forma. 

Como assim não é a água?! Mas vendaram-me o aspirador e ainda me disseram com todas as garantias que era assim que se usava e agora dizem-me que é um aspirador a seco sem saco? Pedimos o livro de reclamações e depois de explicarmos a situação toda a supervisor eles ofereceram-se para pagar o  arranjo. Isto a dia 27 de Outubro… recebi o aspirador apenas hoje.

Primeiro veio com uma mossa que tenho a certeza absoluta que não tinha e quando ele começa a aspirar, para de trabalhar e depois começa a trabalhar de novo (como se tivesse com algum tipo de mau contacto). Já nem sei se isto é normal ou se tenho de ir reencaminhada de novo para a área de reparações da worten.

Querem uma recomendação? Por mais óbvia que seja a utilização de um produto, não se fiem nos vendedores e leiam sempre o livro de instruções.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Primeira resolução

Ainda agora estava pelo facebook e vi esta imagem na página do E-konomista.pt e fiquei a pensar no quanto relata a realidade. Nós cá por casa tentamos não ficar com muita coisa porque já sabíamos que não íamos conseguir dar conta e por isso pedimos aos nossos familiares para levar isto e aquilo. Mas ainda ficou para cá uma boa dose de baba de camelo, mousse de chocolate, chocolates em tudo o que é canto, broas de mel, torta de Azeitão, paté de atum, camarões e… acho que foi tudo. Depois ainda estamos naquela fase de jantares de Natal pós Natal, em que vamos comer "à tia, à mãe e à avó" e tenho que confessar que apesar de ser das pessoas mais glutonas que conheço (mentira estou a exagerar), isto não anda a ser fácil. 
A minha irmã já disse que podia levar um doce ou outro para a casa dela (a baba de camelo se calhar vai ser mesmo encaminhada para lá), o meu moço ajuda-me a comer algumas coisas mas é pouco… portanto tenho andado a lanchar gordices atrás de gordices e hoje por descarga de consciência já almocei sopinha só com uma batata (para além dos outros ingredientes claro) e tenho bebido chá sem açúcar as carradas. Mas acho que isto tudo não vai impedir um belo número na balança (agora se calhar só me peso para o ano, para nem desmoralizar) e uma boa dose de diabetes. Como provavelmente engordei nesta época festiva ( tal como 90% de outros seres vivos), a minha primeira resolução de ano novo, é não engordar do período do Natal ao Natal. 

Primeira Ceia de Natal


Desde que compramos a casa que tinha a ideia fixa de que a véspera de Natal seria cá. Não suportava a ideia de passar esta noite sem os meus pais e não achava justo priva-lo dos pais dele ou até de mim, portanto juntar as duas famílias pareceu-me a solução ideal.

Não houve cá decorações natalícias para além da árvore Natal (essas mariquices ficam para outro ano). Vieram garfos e facas emprestados, doces pelos tios, irmã e cunhado, a mãe dele cozinhou o melhor que ela sabe fazer, a minha mãe fez o mesmo e nós… demos a casa, quatro mãos e duas bocas para comer todas as gordices que apareceram à frente. 

A lista de convidados acabou por aumentar um pouco mais do que previ, ao ponto da minha preocupação ser "onde é que raio é que vou sentar esta gente toda?!". Fomos 13 ao total, (não faço ideia de como é que sentei esta gente toda à volta de uma mesa) , comida em abundância, presentes em moderação e boa disposição. Não estava à espera que corresse tão bem como correu, mas posso desde já dizer que foi um dia muito feliz e espero repetir.

E foi assim que o meu pai deixou de puder dizer que só conhece os meus sogros quando eu me casar. 


quinta-feira, 30 de novembro de 2017

1 mês antes do suposto

Dia 30 de Outubro decidimos ir comprar uns espelhos para as casas de banho. Já andávamos numa luta à imenso tempo porque não encontrávamos nenhum que tivesse o suportes nas mesmas distancias em que tínhamos os buracos na parede e não queríamos fazer novos buracos. Acabamos por desistir disso e fomos até ao Leroy Merlin comprar uns que achássemos bonitos e o resto logo se arranjava. Nisto quando estávamos a ir embora… esbarrei com a secção de decoração de Natal e não consegui evitar levar uma árvore comigo. Era uma coisa que ainda não tinha na minha casa e comecei a achar que os preços ali ou no chinês acabavam por ser a mesma coisa e lá levei a senhora árvore. 

Cheguei a casa, numa altura em que não tinha praticamente decorações… se me lembro ainda nem tinha montado os varões e posto os cortinados, decidi montar logo a árvore. Não sei se foi pela ânsia de ter uma árvore de natal na minha nova casinha, se foi preguiça de a colocar na arrecadação, mas ali ficou.

Dias depois comprei os ornamentos para a árvore no Lidl, uns azuis e uns prateados e comprei as fitinhas, a estrela e as luzes num mega chinês aqui da zona. Claro que isto de não ter uma ocupação têm as suas consequências e mal cheguei a casa meti as mãos à obra. 

A minha avó materna faleceu no Natal quando eu tinha 6 anos e esta comemoração acabou por ser sempre algo estranho e/ou triste na casa da minha mãe. Não sei se foi uma tentativa de contrariar toda esta tristeza, tenho a certeza que a minha avó não iria querer isto ou se foi simplesmente pela ansiedade de criar novas memórias… memórias felizes na minha nova casa. 

Acabei por ser a doida… que montou a árvore de natal um mês antes do costume. 

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Ilusões e desilusões na procura de trabalho

Acredito que faça parte de uma maioria que têm uma espécie de filtro no que toca a procura de trabalho. Como a oferta nas minhas áreas dos estudos ou nas áreas que me sinto 100% à vontade é muito escassa, o meu filtro fica bastante diminuído a tudo o que não seja call center e vendas de porta em porta. 

Não há nada que eu menos goste do que impingir alguma coisa a alguém sem que essa pessoa tenha pedido. Percebo o desespero das empresas que praticam este tipo de markting tão violento, mas sinceramente as vezes acho que este tipo de estratégia muitas vezes causa um efeito contrário e esse efeito acaba por ser descarregado em cima dos trabalhadores, que muitas vezes aceitam este tipo de trabalhado desesperados para receber algum. Eu como consumidora do que seja, sempre que quero um produto ou um serviço vou à busca dele.

Com isto queria falar-vos de umas coisinhas que me aconteceram... Tenho mandado currículos para as áreas em que estou interessada e entre as carradas de CVS ignorados, houve 3 almas que acharam que o meu perfil era aquilo que estavam à procura… e porque não? Afinal eu sou uma pessoa maravilhosa *vou-me convencendo aos poucos*. Entre essas 3 empresas, 2 delas chamaram-me para uma 2.ª entrevista. 

Com a primeira estava super entusiasmada, era uma empresa de markting e publicidade que apesar de já ter alguns escritórios espalhados, ia abrir outro aqui na margem sul e estava à procura de uma recepcionista, web designers e trabalhadores para diversas áreas… Na primeira entrevista, depois de ter fingido que era a pessoa mais confiante do mundo, disseram-me o que faziam e perguntaram se estaria disposta a liderar uma equipa e eu respondi que sim enquanto tentava enganar a mim própria.  No dia a seguir, na segunda entrevista, levaram-me para vender um serviço de porta em porta. Na minha decepção fui me embora.

A segunda empresa estava à procura de uma recepcionista na área da saúde, também aqui na margem sul. Quando me chamaram para esta entrevista fiquei super entusiasmada porque apesar de não ser a minha área era algo que eu gostava mesmo de poder fazer. Durante a entrevista perguntaram-me porque que me tinha candidatado a esta vaga e eu entusiasmada enumerei o porque de querer ser recepcionista nesta área e o senhor partiu o meu coração a dizer que esta vaga não era para recepcionista, era para vender seguros de saúde. Ligaram-me mais tarde para ir a uma segunda entrevista, da qual acabei por não ir. 

Posso parecer ingrata, mas não tenho estofo para este tipo de trabalho. Portanto acredito genuinamente que é melhor deixar para quem tenha capacidades e não se sinta miserável ao faze-lo.

domingo, 26 de novembro de 2017

Decorações e outras mariquices

Estamos a viver nesta casa desde Setembro, compramos a mobília de quarto e de sala praticamente toda de uma vez e durante algum tempo só tínhamos isso, a mobília… Não precisamos de andar cá com pressas eu sei… mas o facto é que uma casa sem decoração não parece tão acolhedora, é quase como se fosse só uma carcaça.

O primeiro drama foi os cortinados, tive a engonhar, estava à procura da cor perfeita e parecia que nunca encontrava aquele azul que parecia que só existia na minha cabeça. O segundo drama era um tapete para a sala… queria um tapete felpudo, mas ao mesmo tempo não queria porque parecia dar muito trabalho a limpar. Acabei por comprar o tapete na mesma porque não conseguia deixar de pensar no aspecto confortável dele. O terceiro drama é tudo o que é bibelô, quadros e outro tipo de decorações. Compramos uma velinha aqui, uma velita ali, uma moldura aqui, outra ali e já andava há séculos a matutar sobre o centro de mesa para a minha mesa de centro (belo trocadilho… só que não).

Queria que o meu centro de mesa combinasse com as cores que ando a utilizar na minha sala  (azul, branco, cinza, castanho). Era necessário que fosse algo baixinho, porque o móvel da nossa TV não é assim tão alto e não queria tirar a vista fabulosa para as minhas séries preferidas. Para finalizar, tinha que ser algo que gostasse minimamente… e depois até ter uma ideia na cabeça era do catano, até porque não sou propriamente uma designer de interiores e não percebo um cú de decorações.

Portanto hoje fui ao Espaço Casa e este foi o resultado:




Comprei um prato grande em tons de azul, aquelas coisinhas de cheirinho de plantas secas que não faço ideia de como se chamam, duas velas azuis que enrolei com um cordel que vinha a fechar o saco das plantinhas et voilà. 

Gostaram do resultado? Não gostaram? Acham que é algo clássico, acham que já passou de moda? Sejam lá os meus críticos. 

sábado, 25 de novembro de 2017

Pita Gourmet

O meu moço ontem convidou-me para ir almoçar fora e como estávamos meio indecisos sobre onde ir comer, ele acabou por sugerir um restaurante que uma colega já lhe tinha recomendado. O restaurante chama-se Pita Gourmet, fica na Costa da Caparica e é um restaurante de comida grega. Eu no fundo gosto de provar coisas novas, mas não consigo evitar torcer o nariz sempre que tenho de por algo desconhecido na minha boca, mas como também só posso saber se gosto se provar decidi arriscar.

Eu como sou uma blogger e uma instagrammer terrível, acabei por desfrutar de toda a experiência sem sequer tirar uma foto. Portanto todas as fotos que estão em baixo, são fotos de outras pessoas que roubei na net… mas está tudo identificado e com o link de onde as tirei. 


Para entrada pedimos "TIROPITA" que é uma massa folhada filo recheada com queijo feta e servido com mel e sésamo torrado. O sabor agridoce funcionou muito bem, deu vontade de pedir mais.

Foto de David Vilhena 

Eu queria lutar e provar algo totalmente inovador, mas acabei por ficar dentro do que me sentia confortável, acabei por pedir o "GYROS"  que é um prato de carne de porco assada cortada da mesma maneira que a pita shoarma (não sei cá nomes técnicos) com batatas assadas, salada mista com amendoins torrados com mel e sésamo, molho de iogurte, mostarda e pão pita. Serviram-me uma pratada gigante, dava perfeitamente para comer a meias. A carne estava muito saborosa e mais uma vez o agridoce dos amendoins com a salada, funcionou muito bem.

Foto de Bruno RF 


O meu moço pediu uma das recomendações do chefe… "MUSAKAS". Era praticamente uma lasanha feita com berigela… levava beringelas com carne picada, bechamel, queijo feta, salada mista, molho de azeitona e molho de iogurte. Ele não ficou apaixonado pelo prato, e eu sinceramente também gostei mais do meu.

Foto de David Vilhena 
Já estávamos mais do que cheios, mas pedimos sobremesa na mesma, a gula falou mais alto (depois queixo-me que estou gorda)... Pedimos "SIROPIASTA" que era composta por variedade de doces típicos gregos recheados com frutos secos, mousse de iogurte com mel e frutas glaceadas. Eu gostei muito de um chamado "KAITIFI", que é uma espécie de ninho de massa filo com amêndoas e baunilha.





Foto de Rabbit Killer 
Tem um ambiente bastante acolhedor, o serviço foi bastante rápido e eficiente… não sei se tive sorte e fui num bom horário, mas no geral foi uma experiência bastante agradável.


quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Um passo maior que a perna?

Desde Julho do ano passado que estava a trabalhar num restaurante que têm um grande nome e por consequência tinha muito movimento. Os primeiros meses foram difíceis, por uma questão de adaptação e principalmente por causa dos horários praticados na restauração, mas rapidamente ganhei o gosto por aquilo. Adorava os meus colegas e também gostava da gerência por mais rígidos que fossem na altura.

Entretanto devido a alguns acontecimentos, mudaram a gerência, o que me deixou um pouco desmotivada. Os novos gerentes eram simpáticos, eram queridos e provavelmente boas pessoas demais... Os horários eram alterados para agrado e desagrado de alguns, algumas tarefas deixaram de ser feitas porque não havia firmeza por parte deles e num local onde o mais importante é o trabalho em equipa a coisa começou a desmoronar.

As tarefas que antes estavam a ser divididas por todos, passaram a ser feitas só por aqueles que se preocupavam minimamente e eu parvinha... era uma dessas pessoas.

O ordenado mínimo deixou de ser suficiente para a carga de trabalho que tinha, os horários ridículos que fazia e para as atitudes que certos clientes tinham connosco. Comecei com dores de cabeça ridículas, estava sempre com sono, tinha ataques de ansiedade e cheguei ao cúmulo de acordar um dia e literalmente não ver nada à frente e isto para mim foi um abrir de olhos. 

Algures em Outubro deste ano entreguei a minha carta de demissão, dei os dias à casa, gozei os dias de férias que tinha por gozar e fiquei desempregada.

Há quem diga que devia ter aguentado mais tempo, ter feito um acordo com eles para não me renovarem o contrato e darem-me o papel para o fundo de desemprego ou que deveria ter ido ao médico porque definitivamente estava a ter um burnout e devia ir ido para a baixa. Há quem diga simplesmente que dei um passo maior que a perna.

Eu só sei que estava super infeliz no trabalho que estava e não aguentava nem mais um dia a trabalhar naquele restaurante.

Agora sou mais uma desempregada para as estatísticas. 


sexta-feira, 21 de julho de 2017

Em negação


Em 2000, quando tinha 8 anos e ainda não tinha um gosto musical definido, a minha irmã, ainda adolescente na altura, ia-me influenciando com os gostos dela. Apesar de já ter sido há tanto tempo, parece-me tão recente quando ela colocava o álbum do Hybrid Theory, que tinha saído nesse ano, a tocar na aparelhagem aos altos berros. Até aquela altura, em tinha andado limitada a Backstreet Boys, Os Excesso e Britney Spears, fiquei fascinada com a diferença no estilo musical. Dos Linkin Park veio muita coisa a seguir,  não foram a banda dos meus amores de adolescência, mas foram a porta para tudo o que oiço todos os dias. Para mim foi um choque estar no trabalho e ouvir da boca de uma colega minha que o Chester se tinha enforcado... Alias, quando ela me disse que tinha lido no Correio da Manhã, achei que era treta e só depois de ter confirmado numa fonte mais fidedigna é que cai em mim. Não estava mesmo nada à espera que isto acontecesse. 

Seja lá o que te atormentava na vida, espero que tenhas encontrado paz interior.

A banda pode até não acabar, mas nunca vai ser a mesma coisa.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Riverdale


Há uns meses atrás cometi o erro de ver o 13 Reasons Why e depois disso a minha vida nunca foi a mesma... tocou-me tanto que nunca mais consegui achar graça a filmes e séries. Mas decidi que um dia tinha de fazer um desmame e por recomendação de um amigo do meu moço, começamos a ver Riverdale.

A primeira temporada teve 13 episódios e a segunda temporada vai surgir em Outubro.

A trama desenvolve-se em volta de um homicídio que ocorreu numa cidade certinha que veio a revelar que certinha não tem nada.

Mostram-nos imagens visualmente interessantes, os personagens são todos pipis e coise e tal, mas não é nenhum segredo que a série só puxa porque queremos saber afinal quem é que matou o rapaz. Não existe nenhum mal nisso, numa série bem construída as vezes as coisas mais simples são até as que funcionam melhor.

Gostei da série? 

Epá até gostei... mas algumas cenas são tão clichés, tão previsíveis e as vezes tão exageradamente dramáticas que num momento estava vidrada a olhar para o ecrã e noutro momento estava "deixa lá ver se está a acontecer alguma coisa interessante no facebook".  

Para quem não sabe do que estou a falar... está aqui o trailer:



Quem viu, o que acharam?

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Pior que os homens


Sabem aquele estereotipo de que uma mulher quando está doente, acaba por agir como se não fosse nada de mais e faz tudo aquilo que precisa de fazer enquanto o homem fica na cama a exagerar que pode ser as suas últimas palavras porque provavelmente vai morrer? Pronto... eu neste cenário sou definitivamente um homem.

Mas depois o papel de mulher mistura-se nisto tudo e o que acontece é que "estou a morrer" mas guardo esse pormenor para mim porque sou muito orgulhosa para admitir que está a doer ou algo que se pareça.

Estou com uma bela de uma amigdalite, antes de começar a tomar o antibiótico, as minhas bichas estavam tão inchadas que a minha garganta quase que fechava. Ontem tinha tantas dores no corpo e tantos calafrios que mal me consegui levantar para me alimentar.

As vezes pergunto-me como é que vai ser quando me juntar e ele estiver em alto mar e eu sozinha em casa, será que vou chamar a mamã para me socorrer ou vou ser orgulhosa e morrer de fraqueza na cama? *






*Não vai acontecer nada, vou ganhar vergonha na cara e cuidar de mim porque têm que ser.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Converter-me numa dona de casa xpto


Ainda não há mobília nem chave na mão, ainda não tenho nada para arrumar, limpar ou seja o que seja, mas já estou a pensar em algo inevitável... Qual será a minha performance como dona de casa?
Vou ser sincera, não conheço a vida de outras pessoas a fundo, mas o facto é que não conheço ninguém tão desarrumado ou desleixado como eu.

Sou o tipo de pessoa que dá prioridade a dormir a arrumar o quarto.

Não sei se é da quantidade de tralha que tenho na casa dos meus pais, não sei se é de não ter as coisas à minha maneira, mas a realidade mais provável é que eu sou uma preguiçosa nata.

Pessoas bué adultas da cena que já andam na vida de morar fora da casa dos papás há mais tempo, digam-me uma coisa... também eram assim e a coisa mudou? Ainda há esperança na minha pessoa? É possível que estime mais a casa por ser MINHA?

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Desamores de uma empregada de mesa (1)


Quando te dizem que querem fazer já já o pedido porque estão com imensa pressa e depois ficam a fazer sala até depois da hora da tua saída. 

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Stress Pós-Ikea

Até há uns dias atrás nunca tinha ido ao ikea. Os meus pais nunca tiveram grandes planos de decorar a casa desde que me lembro e apesar de ter amigos que vão lá só para jantar ou almoçar como se aquilo fosse uma relíquia da gastronomia sueca, nunca calhou ter lá ido. 

A primeira impressão que tive não foi a mais maravilhosa. Regressei ao passado e foi quase como entrei na Primark pela primeira vez, quando ainda não havia loja no Colombo nem no Almada Forum. Foi uma sensação avassaladora, senti desde agorafobia a claustrofobia ou outra sensação qualquer exagerada. Aquilo estava à pinha, quase como milhares se tivessem lembrado que não tinham mais nada para fazer e decidiram ir ao IKEA como se de um museu se tratasse. 




Fomos com intenção de encontrar a nossa mobília para a sala, nisto procrástinamos um pouco e vimos possível mobiliário para o terraço mesmo depois de termos concordado que iríamos começar só com o essencial. Entretanto já estávamos a ver material de escritório, seguidamente passamos para os pratos... voltamos à mobília da sala, experimentamos todos os sofás que estavam em exposição e empancamos na questão de eu me sentir atraída por móveis brancos e ele sentir-se atraído por móveis pretos e apesar de estarmos fartos de saber que podemos conjugar perfeitamente os dois em harmonia, tiramos uma foto, tiramos duas e saímos de lá sem nada. 


Até há um tempo atrás estava iludida de que decorar ou mobilar uma casa ia ser canja e que os longos anos de experiência a jogar sims iriam me ajudar, mas a vida não é um jogo de simulação, e em termos de gostos quando se fala no plural, a coisas complicam-se. 







Ilustração tirada daqui

terça-feira, 11 de julho de 2017

Tomei o maior passo da minha vida

A brincar mas sem querer brincar, meti na ideia que queria comprar uma casa e comecei a ver apartamentos e moradias com o meu namorado...

Toda a gente me dizia que era um absurdo, que deveria tirar essa ideia da minha cabeça e pensar em alugar, porque se as coisas corressem mal, era mais fácil voltar atrás. Podem dizer que sou uma iludida, mas porquê que deveria correr do principio que as coisas vão correr mal? E se começar a evitar fazer coisas na minha vida com medo que elas corram mal, nunca hei de conquistar nada!

Depois de meses à procura de casa já estava frustrada. Encontrar uma casa que fosse de acordo com aquilo nós queríamos e dentro do preço que nós podíamos pagar, revelou-se uma tarefa difícil. Em Abril vimos um anuncio de uma casa que pelas fotos não nos parecia ser grande coisa, mas que ao vivo nos deixou rendidos de tal modo que apenas umas horas depois de a termos visitado, fizemos logo uma proposta.

Parece que aconteceu tão rápido e ao mesmo tempo parece que tudo está a acontecer devagar... Estou numa ansiedade terrível acompanhada com uma saudade por antecipação da casa que cresci e ainda não abandonei. 

Faltam uns dias para fazer a escritura, mas posso dizer oficialmente que somos proprietários de uma casa.


quarta-feira, 5 de julho de 2017

1 ano nesta vida

Durante a minha época de ensino secundário, sempre tive a ideia que se por alguma eventualidade da vida não conseguisse um emprego na área dos meus estudos, iria tentar qualquer emprego digno que me pudesse sustentar. 

Olhava para operadores de caixa, empregados de balcão, empregados de mesa e achava que devia "ser canja trabalhar em algo assim, nem puxava muito do intelecto e que qualquer pessoa o conseguiria fazer" (lies... all lies). 

Claro que desvalorizamos a dificuldade das coisas, quando não sabemos como realmente são e as piadas sobre o atendimento directo ao público não são apenas piadas, são obstáculos que testam a nossa paciência todos os dias. 


Por tudo o que aprendi na restauração e por todo o respeito que ganhei pelos trabalhadores de atendimento ao público, acho que antes de frequentar-mos qualquer tipo de estabelecimento, deveríamos estar na pele de quem nos atende, nem que fosse um dia, só para entender a dureza que é trabalhar nestas áreas e assim, tenho quase a certeza que não seria um trabalho tão ingrato como é. 

Se não fosse um trabalho ingrato, será que estaria mais feliz? Se fosse bem remunerada, seria o meu emprego de sonho? 

Eu chego a casa todos os dias exausta, com dores no corpo e na alma, passo mais horas fechada no meu trabalho do que tempo a dormir e a desfrutar da companhia dos meus familiares e amigos em simultâneo. Com isto tudo, ontem fez um ano que me meti nesta vida e por continuar a não conseguir experiência na minha área de estudos, ando num ciclo vicioso, do qual não consigo sair.

Pelo menos tenho a minha saúde e alguns trocos (só que não).